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Teologia da

Evangelização
Considerações
Gramaticais

a Literatura Clássica

o Antigo Testamento

nidade no AT e NT

ua Convergência

Novidade do Evangelho
Teologia da Evangelização

Na Literatura Clássica:
 A palavra “evangelizar” provém do grego, e o uso é bem
antigo na língua grega, antecedendo em muito ao Novo
Testamento, remontando aos escritos de Homero (IX séc.
a.C.).

 Existem ainda outras expressões que são derivadas destas,


e todas basicamente com o mesmo sentido.

 Este termo, ao longo dos anos, foi se transformando,


acompanhando a transformação natural da língua grega, e
já possuiu três significados básicos.

Considerações Gramaticais
Teologia da Evangelização

 A recompensa dada ao mensageiro por sua mensagem


(Homero e Plutarco).
 As ofertas de ações de graça aos deuses por uma boa nova
recebida.
 O conteúdo da mensagem: as próprias boas novas (1Sm
31.9).
Após uma campanha vitoriosa, os arautos percorriam o país
anunciando o evangelho, ou seja, as novas de vitória. Como
no Império Romano o imperador tipificava uma espécie de
deus e salvador, tendo poder sobre todas as coisas, os
acontecimentos de sua vida se constituíam num “evangelho”.
Por isso ele era cultuado. Assim, desde o seu nascimento,
maioridade, sua ascensão ao trono, discursos, decretos ou
mesmo a sua visita à determinada cidade, era anunciado
como uma boa nova de alegria, felicidade e paz: era o
evangelho.

Considerações Gramaticais
Teologia da Evangelização

No Antigo Testamento:
 A para no AT é besorah. Ela tem um emprego militar,
estando a sua raiz associada ao trazer boas notícias, ainda
que não necessariamente.
 Ou seja: A boa nova nem sempre é entendida assim por
quem a recebe (1Sm 4.16-17; 2Sm 18.19-20; Jr 20.15).
 Num contexto de expectativa, a sentinela aguarda com
ansiedade o mensageiro para saber das novas (2Sm
18.24-27; Is 52.7).
 De forma teológica a palavra indica uma mensagem que
inicialmente somente Israel possui a respeito do reinado de
Deus com a conseqüente paz, justiça e salvação (Sl 40.9;
96.1-13; Is 40.9; 41.27; 52.7; 95.1); contudo, no futuro,
a mensagem se plenificará no Messias e todas as nações
se regozijarão na plenitude dessas bênçãos (Is 61.1-3; Lc
4.16-21; 1Co 15.54-56; Cl 1.5-6; 2.13-15; Is 60.6).

Considerações Gramaticais
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Podemos falar sobre elementos pertencentes ao Evangelho,


no Antigo Testamento com basicamente três significados:

Proclamar a Glória de Deus, manifesta em Sua justiça,


fidelidade, salvação, graça e verdade (Sl 40.9; Sl 96.2).

Proclamar as boas novas referentes ao Ungido de Deus (Is


40.9; 52.7).

As boas novas proclamadas pelo Ungido de Deus (Is 61.1).

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A Unidade do Evangelho no AT e no NT:


 O Evangelho é a boa mensagem de Deus, declarando que em
Jesus Cristo temos o cumprimento das promessas a Israel.
 O Evangelho não deve ser colocado em contraposição ao
Antigo Testamento, como se o Deus do Antigo Testamento
tivesse alterado Sua maneira de tratar com o homem, mas
antes, é o cumprimento da Sua promessa (Mt 11.2-5).
 O fato mais importante concernente à adoração no Novo
Testamento é a centralidade de Jesus Cristo, Aquele que é o
cumprimento das promessas e profecias do AT, sendo o
Senhor e Mediador único e definitivo da Aliança selada entre
Deus e o Seu Povo. A visão desta Aliança é a chave que abre
as portas para a compreensão de toda teologia bíblica. A
Pessoa de Cristo é o elo que une os dois Testamentos.

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A Novidade do Evangelho:
 A novidade da Boa Mensagem não está, como se tem pretendido, em
alguns dos seus conceitos, tais como: a Paternidade de Deus, o Deus de
amor, perdão e misericórdia; pois nada disto falta ao Antigo Testamento.
 Aquilo que é prometido no Antigo Testamento atingiu o seu clímax: o
prometido se cumpriu.
 O Novo Testamento não diz algo novo a respeito de Deus; ele apenas
mostra que Deus cumpriu as Suas promessas (Mt 1.21-23; 8.17; Mc
15.28; At 2.16-36; 13.32-35; 1Co 15.3-4; 1Pe 1.10-12).
 Os apóstolos atribuíram ao Antigo Testamento a mesma relevância que
fora conferida por Jesus Cristo em Sua vida e ensinamentos (Mc 8.31; Lc
4.21; 24.27,32,44; Jo 5.39; 10.35,36; 13.18; 17.12; 18.9; At 2.17-36;
3.11-26; 4.4; 5.42; 9.22; 13.22-42,44; 17.11; 18.28; 23.23-31, etc).
 Conforme interpreta Calvino (1509-1564):

“.... no que tange à substância da Escritura, nada se acrescentou. Os escritos dos


apóstolos nada contêm além de simples e natural explicação da lei e dos profetas
juntamente com uma clara descrição das coisas expressas neles.”

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O Evangelho Singular:
 A Boa Nova de Deus recebe, entre outras, as seguintes
designações no Novo Testamento:
 "Evangelho de Deus" (Rm 1.1; 1Ts 2.9);
 "Evangelho de Cristo" (Mc 1.1; Rm 15.19; 1Co 9.12; 2Co
2.12; Gl 1.7);
 "Evangelho da Promessa" (At 13.32);
 "Evangelho da graça de Deus" (At 20.24);
 "Evangelho da glória de Cristo" (2Co 4.4);
 "Evangelho da glória de Deus" (1Tm 1.11);
 "Evangelho da vossa salvação" (Ef 1.13);
 "Evangelho da paz" (Ef 6.15);
 “Evangelho eterno” (Ap 14.6).

Considerações Gramaticais
Teologia da Evangelização

 Contudo, o Novo Testamento fala freqüentemente no Evangelho, sem o


definir (Cf. Mc 1.15; 8.35; 14.9; 16.15; At 15.7;81 Rm 11.28; 2Co 8.18):
O Evangelho é a Boa Nova procedente de Deus.
 É o “Poder de Deus” (Rm 1.16) através do qual somos gerados em Cristo
(1Co 4.15).
 Jesus Cristo é o próprio Evangelho; Ele é a encarnação da Boa Nova de
salvação concedida por Deus ao Seu povo.
 O Evangelho, antes de ser uma mensagem, é uma Pessoa: Jesus Cristo, o
Deus encarnado: verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
 Não existe Evangelho sem Jesus Cristo; portanto, não há mensagem a ser
anunciada sem a Sua encarnação, morte e ressurreição. Por isso, pregar o
Evangelho significa pregar Jesus Cristo:
 Quando falamos de “Evangelhos”, no plural, estamos nos referindo não à
mensagem, que é uma só, mas às narrativas inspiradas feitas pelos
Evangelistas. Há um só Evangelho com quatro registros redigidos por
Mateus, Marcos, Lucas e João.

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História e Teologia :
Paulo emprega a palavra Evangelho de duas formas que, na
realidade, se completam:
a) Ele se refere ao Evangelho como os fatos que envolveram a
morte substitutiva e ressurreição de Cristo conforme as
Escrituras: perspectiva histórica (1Co 15.1-4);
b) A interpretação dos acontecimentos narrados: perspectiva
teológica (Rm 2.16; Gl 1.7,11; 2.2). Contudo, não devemos levar
esta distinção tão longe. A perspectiva teológica só adquire
relevância enquanto fundamentada na veracidade destes fatos: a
historicidade da encarnação, vida, morte e ressurreição de Cristo,
ou seja: no Evangelho. Em 1Co 15, Paulo revela este ponto de
forma contundente.
 A morte vicária entra necessariamente na narrativa.
 A história de Cristo é também a história de nossos pecados e do
amor e da justiça de Deus.

Considerações Gramaticais
Do que valeu
a aula de
hoje?
 A palavra "evangelho" não é de origem
bíblica, e é justamente isso que ajudou todos
os ouvintes de sua época a entenderem
exatamente do que se tratava, principalmente
quando aplicada a Cristo.

 Antigo e Novo Testamentos formam uma só


revelação que aponta para Cristo, o próprio
Evangelho.

 O Evangelho é novidade, pois vem trazer


exatamente o que o homem precisa para
viver reconciliado com seu Criador.

 O Evangelho é singular, pois procede de Deus


e não do homem.
E agora?

Que eu devo fazer?


 Proclamemos a mensagem em sua
fidelidade.
 Que não usemos a fidelidade à Bíblia, como
um pretexto para dizer que o Evangelho é
difícil de ser pregado.
 Mostremos ao mundo, com propriedade,
que a Bíblia é a Palavra de Deus, que
apresenta o Evangelho: AT e NT, juntos.
 Falemos de Cristo, ele é o Salvador.
 Não falemos de homens e de seus
negócios, mas sim, das coisas celestiais.

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