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Agrupamento de Escolas de Avelar

AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO DOCENTE
A partir da documentação apresentada pela formadora
Professora Anabela Graça
na acção de formação que decorreu de 9 a 11 de Setembro de 2008 em
Figueiró dos Vinhos

Reunião geral de professores 24 de Setembro de 2008


Principais potencialidades deste modelo de avaliação:
• Promover o sucesso educativo;
•Aumento da eficiência dos processos de ensino;
•Mudança nas atitudes dos professores e aluno, em relação à escola;
•Diminuição do absentismo docente;
•Aperfeiçoamento constante e alteração de algumas práticas;
•Clarificação dos objectivos e metas a atingir;
•Definição do papel do professor e das suas relações com os alunos e com os
restantes elementos da comunidade educativa;
•Identificar e valorizar os docentes que melhor contribuem para o sucesso dos alunos;
•Promover o trabalho em equipa;
•Identificar necessidades de Formação;
•Permite melhorar as práticas pedagógicas;
•Motivar as escolas para um trabalho interno de melhoria formativa dos docentes e dos
alunos;
•Permitir à escola dentro do seu quadro de autonomia assumir a sua identidade,
escolher e construir os seus procedimentos e instrumentos de avaliação e desenvolver
o seu próprio modelo de avaliação;
•Ser um processo de mudança para um paradigma de aprendizagem e
desenvolvimento profissional, potenciando a constituição de comunidades
profissionais de aprendizagem ao nível da escola;
•Consolidar uma cultura de avaliação.
• (…)
(opiniões de professores)
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Principais constrangimentos deste modelo de avaliação:
•Falta de motivação/formação dos avaliadores para as suas funções;
•A injustiça no processo de avaliação devido à imposição de quotas;
•Escassez de tempo para a sua implementação;
•Excesso de critérios a utilizar levará a uma produção documental que
roubará tempo às actividades lectivas, quer para a sua produção quer para
o seu tratamento;
•A avaliação ser realizada por elementos da mesma escola, a quem pode
não ser reconhecida competência para a realização da mesma pelos seus
pares;
•A influência dos resultados escolares no processo de ADD;
•Burocracia inerente à sua implementação;
•A avaliação por pares pode originar sérias situações de injustiça;
•Dificuldade em avaliar um número elevado de colegas e ao mesmo tempo
ter de desempenhar funções docentes e cargos atribuídos;
•Carga subjectiva existente nos parâmetros a avaliar;
•A não definição de um perfil para o avaliador;
•Piorar o ambiente de trabalho nas escolas e resistências à implementação
do processo;
• (…)
(opiniões de professores)

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Quadro legal

• DL nº 240/01, de 30 de Agosto
• DL nº 241/01, de 30 de Agosto
• DL nº 15/2007, de 19 de Janeiro
• DR nº 2/2008, de 10 de Janeiro
• Despacho n.º16872/2008, de 23 Junho

• DL nº75/2008 (Gestão)
• DR nº11/2008 (Regime transitório de avaliação de
professores)

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Perfil do Professor

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Estatuto da Carreira Docente

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ECD – Para que serve a ADD?

a) Progressão e acesso na carreira;

b) Conversão da nomeação provisória em


nomeação definitiva no termo do período
probatório;

c) Renovação do contrato;

d) Atribuição do prémio de desempenho.

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ECD – Quem intervem no
processo de avaliação?
a) Os avaliados;
b) Os avaliadores;
c) A comissão de coordenação da avaliação do desempenho.

2 - São avaliadores:
a) O coordenador do conselho de docentes ou do departamento curricular
ou os professores titulares que por ele forem designados quando o número
de docentes a avaliar o justifique;

b) Um inspector com formação científica na área departamental do avaliado,


designado pelo inspector-geral da Educação, para avaliação dos
professores titulares que exercem as funções de coordenação do conselho
de docentes ou do departamento curricular;

c) O presidente do conselho executivo ou o director da escola ou agrupamento de


escolas em que o docente presta serviço, ou um membro da direcção executiva
por ele designado.

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ECD – O que compete à CCAD?
Em cada escola ou agrupamento de escolas funciona a comissão de
coordenação da avaliação constituída pelo presidente do conselho
pedagógico, que a coordena, mais quatro membros do mesmo conselho
com a categoria de professor titular.

Compete à comissão de coordenação da avaliação:


a) Garantir o rigor do sistema de avaliação, designadamente através da
emissão de directivas para a sua aplicação;

b) Validar as avaliações de Excelente, Muito bom e Insuficiente;

c) Proceder à avaliação do desempenho nos casos de ausência de


avaliador e propor as medidas de acompanhamento e correcção do
desempenho insuficiente;

d) Emitir parecer vinculativo sobre as reclamações do avaliado.

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ECD – Quais as fases da avaliação
?
a) Preenchimento de uma ficha de avaliação pelo coordenador;

b) Preenchimento de uma ficha de avaliação pelo presidente do


conselho executivo;

c) Preenchimento pelo avaliado de uma ficha de auto-avaliação;

d) Conferência e validação dos dados;

e) Entrevista dos avaliadores com o avaliado;

f) Reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da


classificação final.

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ECD – Quais as fontes de informação
para a ADD?

a) Relatórios certificativos de aproveitamento em


acções de formação;
b) Auto-avaliação;
c) Observação de aulas;
d) Análise de instrumentos de gestão curricular;
e) Materiais pedagógicos desenvolvidos e utilizados;
f) Instrumentos de avaliação pedagógica;
g) Planificação das aulas e instrumentos de avaliação
utilizados com os alunos.

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ECD – Qual a escala de avaliação?

A avaliação de cada uma das componentes de classificação e


respectivos subgrupos é feita numa escala de avaliação de 1 a 10,
devendo as classificações ser atribuídas em números inteiros.
O resultado final da avaliação do docente corresponde à classificação média
das pontuações obtidas em cada uma das fichas de avaliação e é
expresso através das seguintes menções qualitativas:

Excelente - de 9 a 10 valores
Muito bom - de 8 a 8,9 valores
Bom - de 6,5 a 7,9 valores
Regular - de 5 a 6,4 valores
Insuficiente - de 1 a 4,9 valores

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Avaliação Desempenho

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DIMENSÕES A AVALIAR

• DIMENSÃO PROFISSIONAL,SOCIAL E ÉTICA

• DIMENSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO
ENSINO/APRENDIZAGEM

• DIMENSÃO DA PARTICIPAÇÃO NA ESCOLA E


DA RELAÇÃO COM A COMUNIDADE

• DIMENSÃO DO DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL
A. Dimensão profissional, social e ética (dimensão transversal)

B. Dimensão de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem


Domínio 1 Assiduidade e cumprimento do serviço lectivo

Domínio 2 Preparação e organização das actividades lectivas

Domínio 3 Realização das actividades lectivas

Domínio 4 Relação pedagógica com os alunos

Domínio 5 Avaliação das aprendizagens dos alunos

Domínio 6 Evolução dos resultados dos alunos, tendo em atenção o contexto socioeducativo

C. Dimensão de participação na escola e de relação com a comunidade


Domínio 7 Prevenção e redução do abandono escolar, tendo em atenção o contexto socioeducativo

Domínio 8 Participação na escola

Domínio 9 Participação nas estruturas de orientação educativa e nos órgãos de gestão da escola

Domínio 10 Relação com a comunidade

Domínio 11 Desenvolvimento de projectos de investigação, desenvolvimento e inovação educativa

D. Dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida


Domínio 12 Formação contínua e desenvolvimento profissional*

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Plano de Desenvolvimento
Profissional

Sugestões de elaboração:

1. Contemplar os objectivos individuais negociados

2. Prever momentos de diagnóstico e controlo/monitorização,


associados ao processo de avaliação de desempenho

3. Enumerar necessidades de formação identificadas no


diagnóstico/na última avaliação de desempenho

4. Calendarizar as actividades
(…)

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Avaliação de desempenho:
definição dos objectivos individuais

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OBJECTIVOS INDIVIDUAIS
(acordados entre avaliador e avaliado)

Consiste na apresentação de uma proposta do


avaliado no início do período em avaliação que se
deve referir ao contributo do docente para a
concretização dos objectivos do P.E.,
nomeadamente no que concerne a:

• melhoria dos resultados escolares;


• redução do abandono escolar;
• prestação de apoio à aprendizagem dos alunos;
• participação nas estruturas de orientação educativa
e dos órgãos de gestão;
• relação com a comunidade;
• formação contínua;
• participação e dinamização: de projectos ou
actividades constantes do PAA e dos PCT e de
outros projectos ou actividades curriculares.
Formulação de Objectivos Individuais
enquadrados nos instrumentos de gestão
OBJECTIVOS INDIVIDUAIS

Características

• Enunciam os principais resultados esperados (não


uma descrição completa das responsabilidades
do docente);

• São evolutivos – devem ser revistos ao longo do


percurso, face à mudança das circunstâncias;

• Em consonância com os objectivos da escola;

• Concebidos em número restrito, de forma clara e


simples.
Objectivos Individuais
Os objectivos individuais devem ser simples, em número
restrito e de fácil comunicação;

Os objectivos individuais devem estar alinhados com os


objectivos da organização e apoiados por sistemas de
monitorização regular;

Os objectivos enunciam os principais resultados esperados e


não uma descrição integral das responsabilidades dos
indivíduos;

Os objectivos são evolutivos, sendo revistos ao longo do


tempo, face à mudança dos contextos.

Adaptado de Ana Passos, 2008


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Ficha de Auto-Avaliação

— A auto-avaliação tem como objectivo envolver o avaliado no


processo de avaliação, de modo a identificar oportunidades de
desenvolvimento profissional e de melhoria do grau de
cumprimento dos objectivos fixados.
(…)
— A ficha de auto-avaliação deve explicitar o contributo do
docente, durante o exercício das suas funções, para o
cumprimento dos objectivos individuais fixados, em particular
os relativos à melhoria dos resultados escolares obtidos pelos
seus alunos.
Ficha de Auto-Avaliação

Para o efeito da parte final do número anterior o docente apresenta, na ficha


de auto - avaliação, os seguintes elementos:
a) Resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos
em avaliação:
i) Por ano, quando se trate da educação pré-escolar do 1.º ciclo do ensino básico;
ii) Por disciplina, quando se trate dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino
secundário;
b) A evolução dos resultados dos seus alunos face evolução média dos
resultados:
i) Dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de
escolas ou escola não agrupada;
ii) Dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos dos
2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
c) Resultados dos seus alunos nas provas de avaliação externa, tendo presente a
diferença entre as classificações internas e externas.
PROTAGONISTAS DO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO

• AVALIADOR(ES) cujas funções mais


relevantes são:
- Assegurar a aplicação dos procedimentos
oficiais e/ou colegialmente definidos;
- Contribuir para a harmonização do
sistema de avaliação;
- Garantir o cumprimento do calendário e
percurso avaliativo;
- Garantir orientação e apoio ao avaliado;
- Assegurar a diferenciação dos
desempenhos;
PROTAGONISTAS DO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO

O AVALIADO tem o dever de:


- Recolher elementos que proporcionem
evidências sobre o seu desempenho;
- Colaborar com o avaliador;
- Definir objectivos de acordo com o PEE/PCT;
- Proceder à sua auto-avaliação;
- Empenhar-se na melhoria da qualidade de
educação.
Supervisão da Prática Lectiva
Decreto-Regulamentar nº 2/2008, artº 17

Dimensões da supervisão

• Preparação e organização das actividades lectivas


• Realização das actividades lectivas
• Relação pedagógica com os alunos
• Processo de avaliação das aprendizagens dos
alunos

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Questões de ordem ética

• Princípio da transparência
• Princípio da confiança mútua

• Apoio vs controlo
• Desenvolvimento profissional vs hierarquização

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Áreas de Intervenção Docente – Fontes de Evidência do
Desempenho

ESPAÇO DE
ENSINO/APRENDIZAG
DomínioEMdidáctico-
pedagógico
Gestão da
aprendizagem
CompetênciaCOMUNIDADE
relacional
Projectos
Competência
Actividades
avaliativa
CONTEXTO
ORGANIZACIONAL
Empenho
Participação
Contributos
Perfil de Competências do Avaliador

COMPETÊNCIAS:
Específicas (curriculares, didácticas,
pedagógicas)
De observação
Analítica
Avaliativa
Interpretativa
Estratégica
Dinamizadora
Comunicacional
Relacional
Competências do Observado

• Reflexivas;

•De aprendizagem ao longo da vida;

•De cooperação;

•De responsabilização.

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Ciclo de supervisão

• Encontro pré-observação;
• Observação propriamente dita;
• Análise dos dados;
• Encontro pós-observação.
Momento pré-observação
Sugestão de tópicos a abordar:
• Caracterização da turma
• Objectivos (aprendizagens e competências a desenvolver,
pelos alunos, nesta aula)
• Conteúdos a abordar
• Procedimentos de avaliação
• Estratégias a implementar (tarefas a propor/ forma de
organização do trabalho/recursos)
• Momentos/fases da aula
• Expectativas (previsão de dificuldades e propostas de
resolução)
• Integração na sequência de trabalho (o que se fez antes e o
que se prevê fazer de seguida)
(adaptado de Palmira Alves)
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Momento de observação
Sugestão de tópicos a abordar:
• Estrutura (fases/duração/sequência)

• Tarefas realizadas (natureza/origem/grau de


estruturação/sistematização/avaliação)

• Discurso na acção (papel do professor e do aluno)

• Ambiente (ritmo/envolvimento dos alunos/relação entre


professor e alunos e alunos entre si)

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Momento pós-observação
Sugestão de tópicos a abordar:
• O que correu bem e porquê

• Incidentes críticos

• Aspectos menos conseguidos e possíveis razões explicativas

• Estratégias a alterar

• Ilações a tirar para o futuro

• Identificação de necessidades e formas de lhes dar resposta

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Supervisão Pedagógica

“Quem ensina aprende ao ensinar,


e
quem aprende ensina ao aprender.”

(Paulo Freire, 1996)

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