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UNIP

Brasília
Engenharia Elétrica – Modalidade Eletrônica

Prof. Renato M. Pedrosa 1


SCR

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TESTE DE SCR
com
MULTIMETRO

Valores nominais de um SCR


Valores nominais de um dispositivo semicondutor indicam as
diversas condições recomendadas pelo fabricante para que a
operação se dê de maneira confiável. Quando estes limites são
ultrapassados, acabarão danificando o componente. Portanto
um componente semicondutor nunca deve ser usado além dos
limites estabelecidos pelos valores nominais dados pelo
fabricante.
São relacionados à corrente e à tensão
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Valores nominais de corrente um SCR
•Máxima corrente entre Anodo e Catodo – depende da
temperatura máxima das junções (Tj). O fator que mais afeta esta
temperatura é a corrente repetitiva RMS no estado ligado IT(RMS).

•Porém a IT(RMS) é usada para rotular a máxima corrente do


componente, o que não reflete a real parcela de corrente que circula
pela carga e que realmente produz aquecimento das junções. Esta
parcela é a corrente média no estado ligado IT(avg). Este valor de
corrente indica o valor máximo de corrente média (constante) que o
dispositivo pode suportar no estado ligado.
•O valor da corrente média de um pulso é muito abaixo do valor
RMS, ou seja, como um SCR pode conduzir parcelas de um semi-
ciclo AC, o valor médio será muito menor que o valor RMS.
•Lembre-se o SCR é um retificador controlado, ou seja só conduz
em um dos semi-ciclos e depende do pulso no gate x tensão
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Anodo/catodo
FATOR DE FORMA – VALOR RMS x VALOR MÉDIO
Como vimos o valor RMS é dado pelo fabricante e indica a
máxima corrente suportável entre anodo e catodo em um SCR.
Imagine que você tenha que projetar um circuito com SCR e
precisa determinar qual o SCR para o circuito. Como fazer?
Aí entra o conceito de fator de forma, que nos permite
encontrar o valor RMS, a partir do valor médio que circula
pela carga.
Faça os cálculos da retificação, encontre o valor médio da
tensão, divida pela resistência da carga e encontre o valor
médio da corrente.
De posse deste valor use a fórmula de correlação entre o valor
médio e o valor RMS para especificar o SCR. Isto é tabelado,
ou pode ser calculado e é conhecido como fator de forma (f0).
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IT(RMS)=f0*IT(AVG)

Exercício:
Encontre um SCR que vá
trabalhar controlando o fluxo
de corrente em um circuito,
cuja a corrente média
máxima será de 200A e o
ângulo de condução θ é de
200.

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Valores nominais de corrente do SCR

•Corrente de surto;
•Corrente de disparo;
•Corrente de sustentação.

Valores nominais de tensão do SCR


•Tensão de bloqueio repetitivo em polarização direta ;
•Tensão de pico repetitiva inversa;
•Tensão de pico não repetitiva inversa (transitório) >20%

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Vs=208V

Exercício:
Encontre o valor máximo para a resistência de carga que vá
assegurar a condução do SCR no circuito na figura acima.
Para conduzir, ele necessita de uma corrente de sustentação
de 200mA. No estado de condução ele apresenta entre o
Anodo e o Catodo uma queda de 0,9V.
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Freqüência e velocidade de chaveamento nos SCR

Os SCRs são classificados em:


•Chaveamento lento ou controle de fase;
•Chaveamento rápido ou inversor.

Os fabricantes fornecem os valores nominais associados à


velocidade e a freqüência máxima (fmax), bem como os
tempos relacionados ao ligamento (corte a condução) TON e o
desligamento (condução ao corte) TOFF

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Valores nominais de taxas de variação dos SCR
Variação da Corrente no estado ligado – condução - (di/dt)
Quando um SCR conduz, devemos nos preocupar com a taxa
de variação da corrente. Se ela for muito rápida pode levar ao
super aquecimento do dispositivo e consequentemente a sua
danificação. Dado em A/µs
Para minimizar esta variação usa-se indutor em série com o
SCR
Variação da tensão no estado desligado – corte – (dv/dt)
Uma taxa alta de subida de tensão direta (dv/dt), como
resultado de chaveamento ou de surtos de tensão, pode causar
um disparo não programado do SCR. Dado em V/µs.
Para minimizar esta variação usa-se circuito snubber.

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Exercício:
Para o circuito abaixo, encontre o valor do indutor que limite a
taxa de subida da corrente em 20 A/µs, conforme dados do
fabricante hipotético para um SCR também hipotético.

VP
L=
(di / dt ) MAX

VEF
VP = VMAX = 2 *VEF =
0707
VS=208V

Resposta: 14,7μH

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Quando o SCR está no estado
desligado, o capacitor Cs se
carrega até VMAX através de Ds.
Quando o SCR vai para o
estado ligado, o capacitor se
descarrega através de Rs,
somando sua corrente a di/dt
da fonte. Esta ação do
capacitor amortiza picos de
tensão sobre o SCR.
Podemos determinar os valores mínimos para Cs e Rs através de:

VDRM VDRM
CS = RS =
RL * (dv / dt ) MAX (di / dt ) MAX

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Exercício
Para o circuito abaixo, encontre os valores para C, RS e as
características de D para o circuito snubber.

Não se esqueça que Vs deve


ser alterado para VDRM

Apresente o valor para o


capacitor em μF, nF e pF.

Vs= 120V di/dt do snuber= 3A


RL=10Ω dv/dt= 40Vμs

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Parâmetros máximos do terminal PORTA (GATE)

São seis:
•Tensão de pico inversa máxima entre porta e catodo(Vgrm);
•Máxima corrente de acionamento do gate (sem danificar junção
gate x catodo (IGTM);

•Máxima tensão de acionamento no gate (VGTM);


•Dissipação máxima de potência na porta (Pgm) – (VGM x IGTM);
•Tensão mínima de porta (VGM);
•Corrente mínima para acionamento da gate (IGT).

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Circuitos de disparo dos SCR
Como sabemos, os SCR necessitam de um pulso de disparo no
tempo correto na porta (gate) para conduzir. Um circuito para
propiciar estas condições deve observar:
•Produzir um sinal de amplitude adequada e tempo de subida curto
•Ter duração adequada

Existem três tipos básicos de circuitos que fornecem os sinais de


disparo, a saber:
•DC
•AC
•PULSADO
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Disparo DC

A aplicação de sinal DC constantemente na porta não é desejável,


por causa da dissipação de potência que estaria presente durante o
tempo todo.
Também não se usa este tipo de circuito de acionamento na
presença de tensão AC entre Anodo e Catodo, pois os semi-ciclos
negativos podem provocar um sobre aquecimento das junções
devido a corrente de fuga, o que pode danificar o componente
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Disparo por pulso
Para reduzir a dissipação de potência na porta, os circuitos de
disparo do SCR geram um único pulso, ou vários em vez de
uma tensão DC.
Neste tipo de disparo pode-se provêr também um isolamento
elétrico entre o circuito de disparo e o gate, através de
transformador de pulso ou por um acoplador ótico. Alguns
casos podem não prever este isolamento e o acoplamento do
pulso pode se dar através de um diac ou um diodo etc.
Os pulsos podem ser gerados por várias técnicas, sendo
algumas:
•Uso de UJT
•Através de um circuito RC e acoplamento por DIAC
•Circuitos integrados dedicados, etc.
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Disparo por sinais AC
O método mais comum de controle dos SCRs em aplicações AC é
derivar o sinal de disparo a partir da mesma fonte AC.
Em um semiciclo positivo o SCR inicia no estado cortado e
dependendo da regulagem do reostato, em um menor ou maior tempo,
a tensão de gatilho será suficiente para conduzir o SCR, bem como
possibilitar o fornecimento das correntes necessárias à porta. O diodo
apenas garante que chegue ao gatilho o nível de tensão apropriado.

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Acionamento de SCR em série ou em paralelo
Em ambas as situações, os SCRs devem ser acionados
simultaneamente e por uma mesma fonte. Um transformador de
pulso garante isto

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Circuitos de desligamento de SCR (COMUTAÇÃO)
Uma vez em condução, os SCR´s necessitam de condições
especiais para entrarem no estado desligado, pois não adianta
retirar o pulso do gatilho, já que uma vez conduzindo, assim
permanecera, enquanto a corrente de Anodo estiver acima do
valor de sustentação.
O processo de passar para o estado desligado é chamado de
comutação.
A comutação ocorrerá se:
•A corrente de anodo for desviada;
•O anodo e o catodo forem curto-circuitados;
•Tornar o Anodo mais negativo que o catodo;
•Levar a corrente de anodo a zero por um período de tempo;
•Retirar a tensão de anodo
•Retirar a tensão de alimentação por um período de tempo.
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Alguns métodos de se realizar a comutação
Uso de transistor em paralelo
Pouco usual, pois é lento e quando o transistor voltar ao
corte, o SCR poderá voltar a conduzir expontâneamente,
ocasionando uma situação de condução indesejável

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Uso de polarização reversa
Inicialmente SCR2 cortado e SCR1 conduzindo. Assim C estará
com a polaridade indicada. Ao se forçar o SCR2 a conduzir, a
tensão de C será aplicada sobre o SCR1 através do SCR2. Se esta
tensão reversa se mantiver por um determinado tempo suficiente,
o SCR1 cortará.

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Exercício

Se Vs igual a 220V e RL igual a 10Ω, determine o valor


de C para que aconteça a comutação do SCR1. O tempo
necessário para que haja a comutação é Toff =10μs
TOFF Resposta: 1,5 μF
C=
0,0693 * RL

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Comutação por fonte externa
Neste tipo de circuito de comutação, a energia é obtida a partir de
uma fonte externa, na forma de pulso. Sendo assim, o gerador de
pulso polariza reversamente o SCR através do transformador de
pulso, forçando ao SCR ir para o estado desligado e a conseqüente
carga do capacitor C. Portanto este pulso deve ter um tempo
mínimo de duração, para que a comutação aconteça

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Comutação de linha AC
É o metodo mais utilizado em circuitos com fonte AC. O SCR só
conduz nos semiciclos positivos e após receber um pulso no gate.
Isto determina o ângulo de condução e portanto o tempo em
condução no semi-período positivo

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